Experimentos em animais podem incluir a administração de medicamentos, infecção proposital com doenças, envenenamento por testes de toxicidade, danos cerebrais, mutilações, cegueira e outros procedimentos dolorosos e invasivos. Podem incluir protocolos que causam grande sofrimento, como isolamento social a longo prazo, contenção, choques elétricos, privação de água e/ou comida, ou separação de filhotes de suas mães. Experimentação animal significa usar animais de maneiras que causam desconforto e/ou morte na tentativa de testar a segurança de medicamentos e outros produtos, tais como cosméticos e produtos de limpeza, ou de encontrar tratamentos, prevenção ou cura de doenças humanas. No entanto, os resultados derivados a partir do modelo animal não são válidos ou relevantes para o ser humano e mesmo que fossem ainda seria anti-ético causar sofrimento e morte de animais para atender interesses humanos, animais não existem para nos servir e eles não são os culpados pelos problemas dos humanos.
Animais em laboratórios vivem vidas não naturais de estresse e confinamento diário e privação. Eles passam a vida em gaiolas, incapazes de exercer sua vontade, de fazer escolhas, ou expressar os seus comportamentos e necessidades naturais. A maioria nunca experimenta ar fresco ou a luz do sol, apenas grades e concreto. As únicas mudanças em suas vidas vêm de experiências invasivas, que variam de desconfortáveis a angustiantes. E eles não conseguem se defender.
Estima-se que mais de 100 milhões de animais sofram e morram todos os anos em experimentos de laboratório no mundo todo. Entretanto, como muitos países fornecem estatísticas incompletas, torna-se impossível saber o número exato. Os animais que são criados especificamente para pesquisa e sacrificados como “estoque excedente”, também não são incluídos nas estatísticas. Se esses animais fossem computados, o número de animais utilizados subiria em muitos milhões. Tem havido um grande aumento no número de animais – particularmente ratos e camundongos – utilizados em experimentos de engenharia genética e é previsto que esse número infelizmente continue a aumentar no futuro.
Já existem inúmeras métodos substitutivos eficientes e eficazes que podem e já estão sendo usados nessa área. Isso sem falar dos modernos processos de análise genômica e sistemas biológicos in vitro, que vêm sendo muito bem utilizado por pesquisadores. Sem falar que culturas de tecidos, provenientes de biópsia, cordões umbilicais ou placentas descartadas, dispensam o uso de animais. Vacinas também podem ser fabricadas a partir da cultura de células do próprio homem. A experimentação animal envolve basicamente interesses financeiros e políticos, e nem tanto científicos como se pensava.
Quando um medicamento chega ao mercado, são os consumidores as primeiras cobaias de fato, independentemente da quantidade de testes conduzida previamente em animais. Somente os humanos podem exibir efeitos desejáveis ou colaterais na espécie para qualquer substância testada.
As empresas que produzem cosméticos e produtos de limpeza podem garantir a segurança de seus produtos escolhendo dentre milhares de ingredientes existentes que possuem uma longa história de uso seguro, juntamente com o uso de um número crescente de métodos alternativos que não envolvem o uso de animais.
Segue a descrição e fotos de alguns tipos de experimentos realizados em animais:
Teste de Irritação e Corrosão Dérmica:
Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). O teste causa dor extrema ao animal e pode causar enrijecimento cutâneo, lesões irreversíveis, necrose, sangramento, úlceras e edema.
É utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza, produtos químicos industriais e em cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Os coelhos são os animais mais utilizados neste tipo de teste, pois são baratos e fáceis de manusear. Seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. Para prevenir que arranquem seus próprios olhos (auto-mutilação), os animais são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras.
– a espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas do coelho e do humano são diferentes;
– coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas);
– resultados de testes são sujeitos às interpretações ambíguas;
– o que aparenta ser um dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro.
Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Percent (dose letal 50%). Criado em 1920, o teste serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. A prova consiste em forçar um animal a ingerir uma determinada quantidade de substância, através de sonda gástrica. Isso muitas vezes produz a morte por perfuração.
As cobaias utilizadas incluem ratos, coelhos, gatos, cachorros, cabras e macacos. No fim do teste, os animais que sobrevivem são sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais só nos EUA (não existem estatísticas de quantos animais são torturados nesses experimentos no Brasil) são obrigados a inalar e a ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o corpo, pasta dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente tóxicas.
Testes de penetração cutânea ou testes de absorção cutânea analisam o movimento de uma substância química através da pele e na corrente sanguínea. Depois que a substância é administrada, os animais são mortos e estima-se a quantidade de substância absorvida.
Carcinogenicidade:
Todos os anos os governos injetam enormes quantidades de dinheiro nas pesquisas de “luta contra o câncer”. Aqui, os animais são submetidos a procedimentos que causam o funcionamento anormal das células do organismo. As substâncias causam tumores severos nos animais.
A ideia é que ao induzirmos câncer nos animais poderemos compreender como a doença ocorre em humanos, desenvolvendo novos tratamentos ou medicamentos. No entanto, décadas desse tipo de pesquisa ainda não trouxeram a cura do câncer, pior ainda, a sua incidência aumenta a cada ano.
Animais em laboratórios que fazem pesquisa sobre o câncer sofrem imensamente através de procedimentos dolorosos.
No teste de dose máxima tolerada para provocar o câncer, os animais são expostos a um produto químico em grandes quantidades, dada tanto quanto eles podem tolerar sem morrer. O sofrimento deles é constante nestas experiências, muitos são, literalmente, envenenado até a morte, e aqueles que sobrevivem sentem uma dor imensa e sofrem ferimentos crônicos.
Experimentos de Comportamento:
A finalidade é o estudo do comportamento de animais submetidos a todo tipo de privação (materna, social, alimentar, de água, de sono etc.), inflição de dor para observações do medo, choques elétricos para aprendizagem e indução a estados psicológicos estressantes.
Miografia:
Um músculo esquelético, geralmente da perna, é retirado da rã ainda viva para estudar a resposta fisiológica a estímulos elétricos.
Testes de Pirogênicos:
Um pirogênio é uma substância (muitas vezes bacteriana) que provoca a elevação da temperatura do corpo do animal. Teste de pirogénicos procuram encontrar quaisquer possíveis contaminantes causadores de febre em itens como vacinas e medicamentos injetáveis.
Pesquisas Dentárias:
Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcares durante três semanas ou têm bactérias introduzidas em suas bocas para estimular a decomposição dos dentes. Depois disso, são submetidos aos testes odontológicos. Muitas vezes, os animais têm suas gengivas descoladas, dispositivos ortodônticos implantados e a arcada dentária removida.
Testes de Farmacologia:
Drogas são injetadas intravenosa, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato digestivo por catéter ou injeção). Os efeitos são visualizados e registrados. Depois os animais são então mortos e necrópsias são feitas.
Testar em animais não nos dão informações sobre o que irá acontecer em humanos. Pode-se testar um medicamento em um macaco, por exemplo, e talvez ele não sofra nenhum efeito colateral. Depois disso, o remédio é dado a seres humanos que podem morrer por causa dessa droga.
Caquexia Induzida:
A caquexia é uma síndrome caracterizada pela perda de peso, fadiga, atrofia muscular, fraqueza e perda de apetite. Esta síndrome pode ser induzida propositalmente em animais de laboratório, no intuito de verificar alterações metabólicas ou imunológicas após o contato crônico com substâncias cancerígenas.
Pesquisa de Programa Espacial:
Em geral são usados macacos e cães. Normalmente os animais são lançados ao espaço por meio de balões, foguetes, cápsulas espaciais, mísseis e pára-quedas. São avaliados os parâmetros fisiológicos das cobaias por meio de fios, agulhas, máscara etc.. Testes comportamentais e de força da gravidade também são realizados.
Experimentos Cirúrgicos:
Animais saudáveis são submetidos a procedimentos cirúrgicos para que estudantes de medicina humana e medicina veterinária aprendam técnicas cirúrgicas. Existem alternativas a isso. Modelos e simuladores mecânicos podem ser muito úteis ao estudo de anatomia, fisiologia e cirurgia. Na medicina podem ser usados cadáveres quimicamente preservados para que os estudantes aprendem técnicas cirúrgicas.
Para estudantes que precisam de experiências práticas com animais, tais necessidades podem ser supridas de diversas maneiras humanitárias. Animais que morreram naturalmente, ou que sofreram eutanásia por motivos clínicos, ou que foram mortos em estradas, etc., são utilizados em algumas universidades para o estudo de anatomia e cirurgia. Para estudantes que precisam do uso de animais vivos, a prática clínica é o método mais aplicado e humanitário; em alguns cursos de veterinária, por exemplo, a habilidade cirúrgica é aprendida pelos estudantes através de operações severamente supervisionadas em pacientes animais, em clínicas veterinárias.
Experimentos de Traumatologia:
Animais saudáveis são baleados e esfaqueados e depois submetidos a procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos médicos para que estudantes de traumatologia aprendam procedimentos de emergência. As mesmas alternativas usadas para experimentos cirúrgicos também pode ser usados para experimentos de traumatologia.
Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco:
Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois serem dissecados, a fim de estudar os efeitos de suas substâncias no organismo. Mesmo sabendo que os efeitos do consumo de alcoól e de tabaco já são mais do que conhecidos, esses experimentos continuam sendo realizados.
Teste de Epilepsia:
Animais têm eletrodos introduzidos em seus crânios e levam choques para terem ataques epiléticos para se testar medicamentos para epilepsia sendo que além de existirem métodos substitutivos já existem medicamentos para tratar crises epiléticas, além disso tais experimentos até hoje não encontraram uma cura definitiva para a epilepsia, até porque os ataques em animais são induzidos não correspondendo a condição de pessoas com doenças epiléticas.